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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

clubedolivro

Quem você pensa que é, Alasca?

Oi, gente leitora!
Tudo bem?
Por aqui, tudo ótimo. Voltei de férias e, com isso, voltam os posts. Yay!
Seguinte, minhas vacaciones (férias em espanhol, chicas!) foram ótimas. Perdi peso (do jeito certo), peguei um bronze e, principalmente, li muitos livros. Que é a melhor ginástica de todas, sério. Cérebro musculoso > tanquinho bronzeado.
Bom, estou enrolando porque o assunto do post é tenso. Finalmente, falarei sobre Quem é você, Alasca?, do unânime John Green. E, segure-se aí do outro lado, porque tive dificuldade de aceitar a tal garota. Assim, curti o livro, mas não gostei da Alasca.
UM MINUTO DE SILÊNCIO PARA O THIAGO. ELE NÃO ENTENDEU O LIVRO.
valendoalasca
Alguém ainda está aí? Tem gente a fim de saber o que eu achei? Bom, vamos lá!
Em primeiro lugar, todo meu amor pelo protagonista, Miles. Por que, enfim, sou um pouco Miles. Meio deslocado, meio nerd, meio loser. Opa, meu radar detectou um personagem John Green clássico. Todos os garotos de John são assim: tão perdedores que chegam a ser fofos.
E acho que, por gostar tanto do Gordo (apelido irônico do magrelo Miles), é que peguei raivinha da Alasca. Opa, acelerei a história. Vamos fazer um flashback para as amigas que ainda não leram? Bora!
— COMEÇA FLASHBACK—-
Miles é um cara tão sem amigos que, pra mudar de vida, vai estudar no colégio interno em que seu pai também estudou. Chegando lá, ele conhece, dentre outras figuras incríveis, os amigos malucos Coronel (seu colega de quarto) e a atraente Alasca (uma garota maluquinha, que não sabe muito bem o que quer). Nerd até o último fio de cabelo, Miles descobre um novo mundo com esses caras: fuma, dá trotes, bebe escondido… Enfim, conhece uma vida totalmente diferente da que ele levava.
— FIM DO FLASHBACK —-
Daí que é ÓBVIO que Miles vai se apaixonar loucamente por Alasca. Ela é encantadora: inteligente, original, ousada, sensual. E, principalmente, é tudo que Miles não é (e, talvez, gostaria de ser). Como não querer passar o tempo todo ao lado dela? É desse amor que vem a frase mais linda do livro, dita pelo Gordo:
“Se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ela, um furacão”.
Sendo justo: a Alasca é muito legal com o Miles desde o começo. E ser atraente não é culpa dela, certo? Todo mundo conhece uma garota, um garoto, um cãozinho yorkshire que desperta o amor nas mais maldosas pessoas. Agora, Alasca provocou Miles, mesmo tendo namorado, mesmo sabendo que ele era súper a fim dela.
Daí que eu acho isso o maior erro. Criar expectativa no outro, alimentar o amor do outro, sabendo que ele te ama perdidamente. Odiei, durante a história, quando entendi que a Alasca estava sendo fofa-linda-perfeita com o Miles, mas estava lá, beijando o namorado dela. Enfim, desculpe, mas não sei bem lidar com isso.
Admito que, nesse amor, há algo de positivo. Por ser apaixonado por Alasca, Miles fez muita coisa que jamais faria, só para ter o prazer de passar o tempo ao lado dela. Arriscou ser expulso da escola mais de uma vez e teve coragem de enfrentar (do jeito dele) os caras do mal da escola. Alasca, do seu jeito louquinho, desperta qualidades em Miles que nem ele mesmo sabia que tinha. Mas isso é suficiente pra fazer nosso Gordo lindo feliz?
—-PENSE SOBRE ISSO—–
—–PENSE MAIS UM POUCO—-
—-PENSOU?——-
Bom, a minha resposta é não. Pelo menos, naquele momento. Quando a gente ama alguém, a gente quer 100% daquela pessoa. Você quer -e merece – dedicação total, tipo Casas Bahia mesmo (atenção, isso não é um post patrocinado). Só por que a Alasca é um máximo, Miles tem que satisfazer com as migalhas de amor que ela dá? Não. Não aceito.
E pior, ela fica brincando com o coração dele. Tudo bem, talvez Alasca estivesse se apaixonando por Miles. (Algo que jamais saberemos e, por favor, não deem spoilers nos comentários) Mas, sabe, daí chamar o cara para passar o feriado com ela na escola (no maior climinha) e, ao mesmo tempo, agitar outra garota pra ele? É confundir o coração de Miles. É passar o sinal errado para alguém que te ama. É brincar com os sentimentos do outro. Não importa o quão boas sejam as suas intenções.
Por outro lado, a gente não pode negar que a Alasca mudou a vida do Miles pra sempre. É a mágica do primeiro amor. É tipo perder a virgindade do coração, sabe? Jamais vou esquecer a primeira vez que senti, de verdade, o que é gostar de alguém. O ar que faltou, o medo que sobrou, a vontade que ficou. Exatamente como rola com o Gordo e deve ter rolado (ou vai rolar) aí com você.
— EU ME ARREPENDENDO DE CRITICAR A ALASCA—–
No fim, escrevendo esse post, quase (veja bem, quase) fiz as pazes com a Alasca. Todos nós encontraremos nossos “Alascos e Alascas”. E vamos amá-los, odiá-los, mas nunca esquecê-los. Afinal, como é que esquecemos alguém que nos mostrou o amor pela primeira vez?
Um beijo,

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